Suspeito do Afeganistão é considerado foragido no caso das turmalinas da PB

Suspeito do Afeganistão é considerado foragido no caso das turmalinas da PB

Segundo o MPF, ele seria um dos responsáveis pelo comércio internacional das turmalinas paraíba





MPF em Patos
O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF) opinou contra o pedido de revogação da prisão preventiva de Zaherr Azizi, afegão considerado foragido e suspeito de participar do comércio ilegal das turmalinas paraíba. A informação foi divulgada nesta terça-feira (10) pelo MPF em Patos, a 320 km de João Pessoa. As pedras eram extraídas ilegalmente nas minas de uma empresa no distrito de São José da Batalha, município de Salgadinho (PB), no Cariri paraibano, a 170 km da Capital.

Para o MPF, as razões que o foragido apresentou não são capazes de invalidar os fundamentos que levaram a Justiça a decretar a prisão cautelar. O Ministério Público ressaltou que a situação jurídica de Zaherr Azizi é completamente diversa da situação dos demais réus do caso, razão pela qual entende que não deve haver extensão do benefício concedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região aos outros réus. “Frise-se que sequer há comprovação do endereço em que reside o requerente”, destacou o MPF no parecer.

Segundo o MPF, Azizi aparece nas investigações como um dos sócios ocultos da empresa Mineração Terra Branca, juntamente com outros dois suspeitos. Ele seria o tentáculo da organização criminosa na Ásia, mais precisamente na Tailândia, sendo um dos responsáveis pela comercialização, no exterior, das turmalinas paraíba extraídas ilegalmente nas minas do interior do estado.

O MPF disse que, com base em informações apresentadas por embaixadas brasileiras no exterior, pesariam ainda sobre Zaheer Azizi e seus familiares, fundadas suspeitas da prática de vários crimes em outros países.

Como o foragido não mora no Brasil, a Justiça Federal autorizou a propagação da ordem de prisão preventiva no canal de difusão vermelha da Interpol.

Em junho de 2015, o MPF denunciou sete pessoas envolvidas na exploração ilegal da turmalina paraíba em São José da Batalha. Os réus são suspeitos dos crimes de usurpação de matéria-prima pertencente à União, exploração de minério sem licença ambiental, organização criminosa com emprego de arma de fogo e por tentáculos internacionais. O esquema criminoso foi desarticulado durante a Operação Sete Chaves, deflagrada em 27 de maio de 2015.


Correio PB

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