A frequente retração que se vem verificando na produção industrial do
país, com drástica repercussão no consumo das famílias, é o principal
motivo por que se vem agravando, mais e mais, a crise financeira que se
abate sobre todas as prefeituras paraibanas, a ponto de algumas delas,
algo em torno de 10%, não poderem arcar com o compromisso legal de
efetuar o pagamento do 13º salário, a seus servidores, no último mês do
ano.
A revelação é do presidente da Famup (Federação de Associações de
Municípios da Paraíba), Tota Guedes. Segundo ele, o problema tem
acarretado quedas, constantes e vertiginosas, no repasse do FPM, que
constituído de percentuais do IPI (Imposto de Produtos Industrializado) e
do IR (Imposto de Renda).
“A situação de dificuldades por que vêm passando as Prefeituras da
Paraíba, em particular, é tão greve, que, nem mesmo a cota-extra que
incide, a cada 10 de dezembro e por força de EC (Emenda Constitucional),
tem ajudado os gestores a cumprirem, majoritariamente, com esse
compromisso, sem contar que, em alguns casos, ainda há os que não podem
fechar folhas de pagamento dos últimos meses do não”, comentou.
De acordo com Tota Guedes, as demandas da população são cada vez
mais crescentes, e muito dispendiosas, em todos os municípios do estado,
principalmente no que concerne aos programas de assistência à saúde,
sem contar com os dispêndios referentes aos encargos sociais e o custeio
da máquina pública, no que se incluem compromissos com fornecedores.
2016, ainda mais difícil
Tota Guedes não vislumbra mudanças de rumo na economia brasileira,
no curto prazo, que possam propiciar alterações alvissareiras no
processo de produção industrial, tendo em vista que o poder aquisitivo
das famílias encontra-se por demais achatado, além do grande cisma dos
investidores internacionais, motivado pela profunda crise política dos
últimos tempos, que respingou no edifício institucional do país. “
Por tudo isso, é que nós, tanto a Famup quanto a CNM, estamos
recomendando toda cautela possível, a nossos gestores, na execução
orçamentária e financeira de cada Prefeitura”, enfatiza o líder
municipalista.
Mais PB
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