Moradores tiveram que deixar suas casas. Foto: leitor/Aratu Online |
“Ninguém entra e ninguém sai”. É assim que Antônio Roque de Oliveira, ex-chefe da Defesa Civil e morador do município de Riachão do Jacuípe, a 197 km de Salvador, fala sobre a chuva torrencial que caiu durante toda a madrugada. A água destruiu parte da BR-324 e BA-120, estradas que ligam Riachão a outras localidades da Bahia.
Em contato com o Aratu Online na manhã desta sexta-feira (22/01), o morador contou que a chuva teve início na noite de quinta-feira e durou cerca de dez horas. “Tive em um local pela manhã [de hoje] e voltei lá horas depois. Em algumas horas, o volume de água aumentou em três metros e não pára de subir”, destacou Antônio.
Segundo ele, os moradores estão se mobilizando para amenizar a tragédia, que, segundo levantamento inicial, deixou 350 pessoas desabrigadas. “A população está se mobilizando. Pessoas que puderam doar casas abandonadas e galpões estão alojando as famílias que tiveram suas casas inundadas. A prefeitura doou espaços em escolas temporariamente”, acrescentou Antônio.
A água subiu tanto que deixou apenas os telhados das casas à mostra. Foto: leitor/Aratu Online
Outra cidade
Em outro ponto da Bahia, em Santa Maria da Vitória, as fortes chuvas que caem há cerca de duas semanas, fizeram a população da cidade mudar os hábitos. Os tradicionais carros e motos foram substituídos por barcos e jangadas, únicos meios de transporte viáveis depois que o Rio Corrente transbordou na quarta-feira (20/01).
De acordo com o secretário de Administração de Santa Maria da Vitória, Regivaldo Cunha, foi decretado estado de calamidade pública na quinta-feira. O Centro da cidade, que possui um total de 41 mil habitantes, está completamente alagado.
Aratu Online
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