Contratos de prestação de serviços de mais dois ministérios entraram no radar da Operação Lava Jato.
De acordo com declarações do delegado da Polícia Federal, Marcio Anselmo, ao jornal O Globo, o empresário Pablo Kipersmit,presidente da Consist Informática, teria admitido pagamentos de R$ 10,7 milhões ao lobista Milton Pascowitch, um dos delatores do esquema. Em troca, a empresa teria ganhado o direito de prestar consultoria para o Ministério da Previdência.
Kipersmit está preso em Curitiba desde a última segunda-feira e teria revelado as informações em depoimento à PF. O pagamento foi feito à Jamp, empresa de Pascowitch, e repassada a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, entre 2011 e 2013.
Segundo relato do delegado Anselmo, o contrato seria de fachada e Pascowitch teria facilitado os contatos da Consist com a Previdência. "O que nós sabíamos, no entanto, é que a Consist tinha relações com o Ministério do Planejamento. Por isso, estamos tentando mapear a origem do dinheiro da Consist", afirmou ao jornal.
A PF e o Ministério Público Federal já sabiam que a Consist foi escolhida para ser gestora do sistema de pagamentos consignados de servidores federais sem licitação.
A empresa chegou ao negócio por acordo entre Ministério do Planejamento e Gestão com a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e o Sindicato das Entidades Abertas de Previdência Privada (Sinapp) em 2010. A propina serviu para facilitar o negócio.
Agora, a PF deve pedir a quebra de sigilo fiscal e bancário da Consist para esclarecer os recebimentos do dinheiro da empresa.
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