Polícia fecha fábrica ilegal de armas de fogo em Campina

Polícia fecha fábrica ilegal de armas de fogo em Campina

Fotos: Secom/PB

A Polícia Civil, por meio do Núcleo de Homicídios da 11ª Delegacia Seccional, com sede na cidade de Queimadas, prendeu na manhã desta quinta-feira (16) no bairro do Pedregal, em Campina Grande, Antonio Tomé do Nascimento, de 67 anos.

Ele é suspeito de adulterar armas de fogo e comercializar ilegalmente pistolas, revólveres e espingardas. A ação policial contou com o apoio de agentes de investigação da 10ª Delegacia Seccional, com sede em Campina Grande.

De acordo com o delegado Ramirez São Pedro, as investigações começaram há dois meses, após algumas prisões que resultaram também em apreensões de armas.

“Quando apreendíamos revólveres e encaminhávamos para a perícia encontrávamos numeração adulterada e algumas que tinham fabricação caseira, mas que eram muito semelhantes às originais. Começamos então uma investigação, interrogamos algumas pessoas e chegamos à identificação do Antonio Tomé, como um fabricante de armas de fogo. Na casa dele, no bairro do Pedregal, onde funcionava a ‘fábrica’, com peças, ferramentas e munições”, disse o delegado, acrescentando que o suspeito comercializava as armas para criminosos e ainda ajustava as que precisavam ser consertadas.


Durante a ação policial foram recolhidas 14 armas, entre elas um fuzil 762, dois rifles calibre 44, e o restante era composto por revólveres calibre 38 e 32, munições variadas, um silenciador para rifle, outro que estava em fabricação e ainda ferramentas.

“Em depoimento, o suspeito confirmou que fazia esse tipo de atividade há mais de vinte anos e que recuperava armas velhas e montava novas com ferramentas em casa mesmo e também fazia uso do espaço de trabalho, uma empresa de placas de aço”, revelou o policial.

Antonio Tomé foi preso quando chegava ao local de trabalho e portava uma arma recuperada e que provavelmente seria revendida para criminosos. Ele foi ouvido na delegacia e depois encaminhado à Penitenciária Padrão de Campina Grande.

O suspeito deve responder pelo artigo 17 da lei 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), que prevê como crime adulterar registro de armas de fogo e comércio desse material sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.


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