
Os suspeitos – presos em Minas Gerais, Rio Grande do Norte e São Paulo – deverão ser postos em confronto. A polícia espera que eles cooperem com as investigações e indiquem nomes de outras pessoas envolvidas com a organização criminosa. De acordo com o Ministério Público Federal, um processo de delação premiada deve ser aberto.
Como não existe carceragem na Superintendência Regional da Polícia Federal em Cabedelo, os presos na operação devem ser encaminhados a presídios da Paraíba após os depoimentos.
Durante a operação Sete Chaves foram apreendidos carros de luxo, dinheiro e grande quantidade de pedras preciosas. O material apreendido e os documentos e provas levantadas pela Polícia Federal devem passar por análise minuciosa. Depois disso, serão emitidas opiniões sobre os delitos para definir por quais crimes cada suspeito irá responder judicialmente.
A quadrilha
De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha extraía a turmalina paraíba em São José da Batalha, distrito do município de Salgadinho (Borborema paraibana, a 280 km de João Pessoa) e levava à Parelhas, no Rio Grande do Norte, onde era esquentada com certificados de licença de exploração. De lá, as pedras seguiam para Governador Valadares, em Minas Gerais, para a comercialização em mercados do exterior como Bangkok, na Tailândia, Hong Kong, na China, Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.
Ainda conforme a Polícia Federal, organização criminosa era formada por diversos empresários e por um deputado estadual, que se utilizavam de uma rede ‘offshore’ (empresas abertas em paraísos fiscais) para suporte das operações bilionárias nas negociações com pedras preciosas e lavagem de dinheiro.
Duas propriedades do deputado estadual João Henrique (DEM) em João Pessoa e Monteiro (Cariri do estado, a 305 km da Capital) foram alvos da operação. Policiais federais apresentaram mandados de busca e apreensão para vistoriar as casas. O parlamentar negou ter envolvimento com a quadrilha e disse que vai cooperar com as investigações.
Correio
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