Seca: 48 cidades da zona urbana estão em colapso e prefeitos preparam 'Grito das Águas'

Seca: 48 cidades da zona urbana estão em colapso e prefeitos preparam 'Grito das Águas'


A Frente Parlamentar da Água, presidida pelo deputado estadual, Jeová Campos (PSB), se reuniu na manhã desta sexta-feira, (22), na Assembleia Legislativa com os prefeitos das cidades em estado de emergência e revelou dados alarmantes da seca no Estado.
Campos afirmou que o relatório foi concluído com a participação de parlamentares de situação e oposição e agora realizam este encontro com os prefeitos para definir como será a reunião com os ministros em Brasília. “O que vamos entregar não é apenas mobilização, mas a maioria das propostas é para conseguir saídas para o problema. Tem problemas que vão desde o desassoreamento dos rios, até  levar água com urgência”.
Em Brasília, os prefeitos paraibanos vão promover um ato intitulado o "Grito das Águas". 
O deputado afirmou que há muitas dificuldades, pois já são 48 municípios sem água na torneira. “Estamos muito preocupados, está chegando a Cagepa (para a reunião), queremos ir para Brasília com o Ministério e falar com firmeza, falar duro!”, afirmou lembrando que foram enviados R$ 19 milhões. “Não dá para atender um mês do problema da água na Paraíba. Se foi para esse mês está bem, mas e a partir do próximo mês. Atualmente o exército gasta R$ 12,5 milhões só na zona rural, imagina 48 cidades na zona urbana?”, diz.
Para Campos, até dezembro um quantitativo maior de cidades vão entrar em colapso e lembrou que açudes como o que abastece Cajazeiras, Sousa e região, já não manda água para Sousa e Cajazeiras só terá até agosto. O deputado lembrou que o único açude com água é Coremas que manda água de Patos até Cachoeira dos Índios e pontuou também que até o brejo enfrenta problemas.
“É momento de juntar as mãos, não tem partido e fazer em Brasília na próxima semana. É preciso sim fazer na economia, mas a economia pode esperar e água não. É urgente!”, destaca.
Transposição - Uma das pautas colocadas também pelo relatório é a cobrança de celeridade nas obras de transposição do Rio São Francisco. Ele ratificou que o Estado não tem mais onde captar água, que Coremas está com 19% de susa capacidade e já não é mais possível destinar a água para irrigação, assim como o Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) que mal tem condições de ser mantido para consumo humano.
Campos destacou que não adianta também construir adutoras, se não há de onde captar a água.






PB.com

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