'Parece filme de terror', diz morador de comunidade onde buscas por fugitivos de Mossoró se concentram

'Parece filme de terror', diz morador de comunidade onde buscas por fugitivos de Mossoró se concentram

 

Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi


Esse é o sexto dia da operação de buscas que mobiliza 500 homens das forças de segurança. Fuga aconteceu na quarta (14) e é a primeira da história do sistema prisional federal.


"Parece um filme de terror". É assim que o agricultor Francisco Edilson descreve a rotina de buscas dos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró. O sentimento de medo é compartilhado pelos moradores da comunidade do Juremal, em Baraúna.

operação de busca entrou no sexto dia nesta segunda (19) e foram intensificadas na região de Baraúna, cidade na divisa com o Ceará. A fuga aconteceu na última quarta-feira e é a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal, desde sua criação em 2006.

"Nunca vi na minha vida tanta polícia e helicóptero rodando aqui. Ninguém dorme, é pânico, o pessoal todo com medo. Estamos pedindo a Deus que peguem eles, pra acabar tudo isso, porque isso aqui parece um filme de terror. A população tem medo deles invadirem outra casa, render alguém, tá todo mundo em pânico", contou Francisco Edilson.

O comerciante Natanael Morais tem um mercadinho na comunidade há 30 anos e, desde que as buscas começaram, passou a fechar o estabelecimento mais cedo

O comerciante Natanael Morais tem um mercadinho na comunidade há 30 anos. Ele costumava fechar o estabelecimento às 21h, mas, desde que as buscas começaram, passou a fechar às 18h. "Todo mundo fecha tudo e vai cada um pra sua casa. Está todo mundo com medo", disse.

O cartaz com as fotos dos fugitivos está colada na parede do mercadinho de Natanael. "Se Deus quiser eles vão ser presos logo", disse.

O costume de ficar sentado na porta de casa até mais tarde conversando com os vizinhos também está interrompido. "Aqui as pessoas têm o costume de ficar com a porta aberta até 10 horas da noite, hoje de 6 horas da tarde fecha tudo e todo mundo entra pras suas casas", contou o vigia Manásseis Mendes.

Em visita a Mossoró neste domingo (18), o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, alegou que a complexidade do terreno é um ponto de dificuldade para os trabalhos. Também afirmou que não há prazo para a captura dos presos.

"O terreno é complexo, coberto por mata, em uma zona rural e com uma área extensa. Além de ter rodovias, existem vias e pequenas estradas. O local tem casas esparsas. É um trabalho de busca complexo."

A operação conta com helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos tecnológicos sofisticados, além de mais de 500 homens das forças de segurança estaduais e federal.

Fonte: Fernanda Zauli, Gustavo Brendo, g1 RN e Inter TV Cabugi

 


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