A falta de corpos para estudos precisos e pesquisas ligadas à medicina e áreas afins vem gerando preocupação em diversas Universidades. Na UFPB não é diferente, motivo pelo qual o Departamento de Morfologia do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFPB está incentivando a doação de corpos, que segundo a coordenadora Amira Rose Costa Medeiros ainda é um tabu na sociedade. Para ela, a necessidade das doações é gerada pelo aumento dos cursos ligados à saúde e, consequentemente, do grande fluxo de alunos nesse âmbito. A pesquisadora destaca que o maior livro dos pesquisadores é o corpo humano. “A nossa responsabilidade, enquanto formador de profissionais de saúde, é imensa, porque precisamos promover o conhecimento e o corpo humano é nosso maior livro. Através dele, os alunos terão acesso a inúmeras informações que, às vezes, nem nos livros é possível identificar”, garante a professora. Existe hoje uma demanda muito maior do que cadáveres disponíveis para o desenvolvimento desses profissionais, segundo a docente. Nesse sentido, é apresentada a preocupação de profissionais da saúde em obter o conhecimento de forma prática. A doação de corpos é de grande relevância para a comunidade científica, sobretudo para estudantes de universidades e instituições de saúde, que têm uma possibilidade prática de aprender com o corpo humano e não somente com livros didáticos. Conforme Medeiros, essa prática de identificação das estruturas pelo profissional de saúde é extremamente importante para os procedimentos que realiza no aspecto científico, acadêmico e de pesquisa. A importância do debate sobre doação de corpos e a possibilidade do contato direto de estudantes da saúde com esses instrumentos de estudo também passam pelas técnicas básicas ligadas à medicina, porque transmitirão mais segurança para os alunos na hora de dar diagnósticos, de fazer exames físicos e também nos procedimentos cirúrgicos. A professora Amira também explica que a doação de corpos não impossibilita a doação de órgãos. “Uma coisa importante de falar também é que não impede doar o corpo se a pessoa for doadora de órgãos. Se a pessoa teve uma morte encefálica e acabou doando córnea, rim ou qualquer outro órgão, isso não impede de ser feita a doação do corpo também. ” Para realizar a doação de um corpo, é preciso que seja assinado um termo de intenção, que pode ser encontrado no site do Departamento de Morfologia da UFPB.

UFPB pede doações de corpos humanos para pesquisascriar loja virtual gratis
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