As cidades abastecidas pelos açudes Coremas e Mãe D’água aos poucos começam a se preocupar mais com a questão da ausência de chuvas nessa região do Sertão. Com precipitações abaixo da média nos últimos meses, a segurança hídrica dos reservatórios fica em xeque. A Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) trabalha com a percepção de que o abastecimento normal nas cidades que recebem águas desses açudes está garantido até março do ano que vem.
A expectativa do órgão, no entanto, é de que as chuvas de janeiro possam melhorar essa perspectiva e garantir uma segurança hídrica por mais tempo. Atualmente, o açude de Coremas, que tem uma capacidade de 591.646.222 m³, acumula apenas 6% do volume total, e está na listas dos reservatórios em situação de observação. Já o de Mãe D’água, que tem capacidade de 567.999.136, está com 4,27% de água, sendo um dos 49 açudes do estado em situação crítica.

O presidente da Aesa, João Fernandes, avaliou a situação do Sertão. “A gente tem monitorado e vamos conseguir manter o abastecimento até março do ano que vem. Mas realmente a situação não é fácil, visto que não tem chovido no Sertão. Já são sete meses chovendo abaixo da média. Se daqui para lá não melhorar isso, vamos analisar melhor o caso e buscar soluções”, explicou.
As águas do São Francisco já chegaram à Paraíba, mas ainda não alcançaram os reservatórios do Sertão. Isso porque apenas o eixo leste, que tem um trecho em Monteiro e leva água para o Cariri e Agreste, que está em funcionamento. O eixo norte, por outro lado, segue em construção. A previsão do governo federal é de que a obra se encerre no primeiro semestre de 2018.
Com 260 quilômetros de extensão, o trecho captará a água do Rio São Francisco, em Cabrobó (PE), e a conduzirá até boa parte do Sertão do paraibano, além do Ceará e Rio Grande do Norte. João Fernandes lembrou que com o funcionamento desse eixo, a situação do abastecimento do Sertão do estado deve melhorar.
“Temos alguns projetos no Ministério da Integração e a gente espera que venham recursos do Governo Federal para a gente construir algumas adutoras na região. Além disso, quando finalizar a obra do eixo norte da transposição, alguns reservatórios receberão essa água, o que vai trazer mais segurança hídrica”, finalizou.
Portal Correio
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